segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Andar (8) ... na Floresta Laurissilva da Madeira

É extraordinário que na ilha da Madeira e nas ilhas dos Açores ainda existam hoje em dia restos da floresta original, que cobria estas ilhas quando os Portugueses as “descobriram” no final do século XV (à mais de 500 anos...).

Segundo narrativas contemporâneas da descoberta da Madeira (1420), toda a ilha seria coberta por um denso arvoredo: daí a designação “Madeira” por parte dos navegadores portugueses.
Canon EOS300D com EF-S 18-55 a 18 mm, 400 ASA, 1/250 s, f: 3,5

Laurissilva é o nome pelo qual é conhecida a floresta original da Madeira, aquela que já existia aquando da chegada dos descobridores portugueses. Esta designação provém do latim, Laurus (loureiro, lauráceas) e Silva (floresta, bosque).
A floresta Laurissilva apresenta um aspecto uniforme, sempre verde, ao longo de todo o ano, dado que a quase totalidade das árvores e dos arbustos que a compõem, nunca perdem a folha.

Canon EOS300D com EF-S 18-55 a 18 mm, 400 ASA, 1/640 s, f: 3,5

Os especialistas classificam-na como um dos maiores tesouros naturais do mundo. Tudo porque mantém um coberto vegetal pré-histórico, formado por espécies botânicas cuja origem remonta a um período entre os 65 e os 2 milhões de anos.

Esta "floresta primitiva" tem características tropicais e um grande equilíbrio ambiental.

Canon EOS300D com EF-S 18-55 a 18 mm, 400 ASA, 1/25 s, f: 3,5

A Laurissilva madeirense ocupa uma superfície de 15000 hectares (representando 20% do total da ilha), nas encostas viradas a Norte, numa faixa que vai desde os 300 aos 1300 metros de altitude, revestindo de forma luxuriante as íngremes vertentes e os profundos e alcantilados vales do remoto interior, representando nos nossos dias a mais extensa e a melhor conservada Laurissilva das ilhas atlânticas.

É Património Mundial Natural da UNESCO desde 2 de Dezembro de 1999.

Canon EOS300D com EF-S 18-55 a 18 mm, 400 ASA, 1/40 s, f: 4

Trata-se de uma floresta com características subtropicais, húmida, cuja origem remonta ao Terciário onde chegou a ocupar vastas extensões do Sul da Europa e da bacia do Mediterrâneo. As últimas glaciações levaram ao seu desaparecimento no continente europeu.

Os arquipélagos do Atlântico Norte, nomeadamente, Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde conseguiram manter grande parte dessa ancestral vegetação graças à capacidade termo-reguladora do oceano que os envolve.

Canon EOS300D com EF-S 18-55 a 18 mm, 400 ASA, 1/60 s, f: 4

As humidades trazidas pelos ventos dominantes de Nordeste, são retidas e condensadas pela Laurissilva que proporciona, assim, abundantes caudais de que dependem a irrigação dos campos agrícolas e o abastecimento de água aos centros urbanos.

Canon EOS300D com EF-S 18-55 a 18 mm, 400 ASA, 1/20 s, f: 4

Desde os primórdios da colonização da ilha da Madeira, os caudais que a "floresta produtora de água" proporciona foram vitais para a economia da ilha.

A partir da segunda metade do século XX, as águas, transportadas por extensas "levadas", passaram a produzir energia nas centrais hidroeléctricas. Mas isso foi outra viagem ...

Canon EOS300D com EF-S 18-55 a 55 mm, 400 ASA, 1/40 s, f: 5,6



Canon EOS300D com EF-S 18-55 a 18 mm, 400 ASA, 1/25 s, f: 4

Canon EOS300D com EF-S 18-55 a 30 mm, 400 ASA, 1/30 s, f: 4

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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7:32 da manhã  

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